29.8.08

E parece que esse blog terá um visitante 12.000 afinal :D


(Belas merdas... o Google deve receber isso por nanosegundo!)


O felizardo pode se apresentar!

23.8.08

Meu blog tava parecendo porão de casa de vó, com um layout cavernoso, poluído, velho e já com metade das funcionalidades estragadas... então resolvi repaginar e fazer uma parada mais concisa e legível :)

Apresento-vos o novo Windblog! Agora (de novo) com comentários, marcadores e um banner tosquérrimo feito com meus conhecimentos profundos de Photoshop adquiridos lendo aqueles livrinhos de tutorial na própria banca :P

Com o tempo, vou adicionando retroativamente os marcadores aos posts do histórico, e espero que um dia o Blogger.com arrume uma ferramenta de importação de comentários (o antigo host saiu do ar e me ofereceu um backup dos comentários antigos em um arquivo supostamente padronizado e universalmente aceito... menos pelo Blogspot ¬¬), aí eu recupero o registro e deixo tudo redondinho :)

Agora só falta ter vergonha na cara e voltar a postar :P


Wind

22.8.08

Estou com uma questão mordaz no fundo da cabeça. Ainda está se formando, talvez já até tenha uma resposta que a juventude do raciocínio na mente ainda não tenha tido tempo de descobrir. Mas é algo em que eu tenho pensado com cada vez mais frequência nos últimos dias:

Afinal, paixão é bom ou ruim? Serve pra alguma coisa? Quais os prós, quais os contras, e - especialmente - é mesmo possível viver sem, ou saudável viver com?

Eu sei que a idade arrefece as paixões, e obviamente isso me incomodava quando eu era adolescente. Sonhava em ser um cara que jamais perderia a capacidade de se apaixonar, de se dedicar de corpo e alma a um ideal, de me jogar na frente de um trem por uma pessoa. Mas ultimamente ando de mal com a paixão. E acho que não é passageiro. Cheguei em um ponto da vida em que eu sei exatamente o que quero para mim, sei do que eu gosto e do que eu preciso, e sei de onde tirar cada uma dessas coisas. E, muito para minha surpresa, a paixão não se encaixa em lugar algum desse cenário!

É inegável - estar apaixonado é maravilhoso. É uma das coisas mais intensas que pode acontecer a um ser humano, e qualquer pessoa que passa pela vida incólume à paixão não pode dizer que realmente viveu. Mas será que é mesmo necessário viver apaixonado? E por que tanta gente pensa que sim?

Seria, talvez, porque a paixão arrebata, aflora os sentidos, e provoca sensações fabulosas de prazer e felicidade plenos? Bom, eu conheço algumas outras coisas que se encaixariam nessa descrição, e a maioria delas é ilegal! De fato, esse tipo de torpor, de experiência sensorial, quando provocado por alguma outra substância ou estímulo, normalmente é tido como produto de alta periculosidade, causador de dependência, que prejudica a lucidez e a longo prazo se torna uma válvula artificial de escape que pode destruir psicologicamente o usuário. Por que então a versão natural e não-assistida do exato mesmo estado de espírito é considerada uma coisa linda, tema de cartões fofuxos de dia dos namorados e de manifestos políticos inflamados?

Além disso, a paixão, assim como a adrenalina, tem efeitos aditivos sobre o organismo. O apaixonado concentra-se melhor, resiste melhor às intempéries, ultrapassa todos os seus limites. Quem há de negar que os atletas apaixonados por suas camisas são melhores do que os que fazem por dinheiro? (As seleções masculina e feminina de futebol estão aí para provar meu ponto). Deveriam eles ser pegos no doping? E quanto às consequências desastrosas que a inevitável perda de efeito da paixão podem trazer ao rendimento pessoal de um apaixonado?

Todo mundo conhece ao menos menos um junkie de paixão; aquela pessoa que está sempre se apaixonando por alguma coisa nova - ou alguém novo - e jogando sua própria vida pro alto numa sequência sem fim de inconsequências anunciadas. Aquela pessoa que parece sempre tão radiante e poderosa, mas que muda da água para o vinho quando perde sua paixão, como um drogado que cai na real e precisa desesperadamente de outra dose. Essas pessoas, os apaixonados crônicos, são realmente felizes? Ou são o tipo de gente cujo espírito estacionou na evolução e que, no fim das contas, desperdiçam a vida em busca do imediato sem jamais construir nada eterno?

Paixão é uma palavra muito mal-utilizada, também. Costumo ouvir coisas como "Fulano e Beltrana são apaixonados há 30 anos." São mesmo? Apaixonados?? Do tipo que acorda, olha pra cara do outro e sente o coração palpitar e o chão fugir aos pés? Que vai trabalhar e passa o dia inteiro olhando pro infinito sonhando com o parceiro que verá em poucas horas? Que a cada contato de pele explode em um beijo sôfrego e apaixonado que culmina em orgasmos estremecedores?

Acho que não. Acho que o fato de Fulano e Beltrana andarem de mãos dadas todo dia, trocarem olhares enamorados cotidianamente, ainda gostarem do abraço e do beijo um do outro mesmo tantos anos depois, isso tudo tem a ver com o amor, não a paixão. Amar pela vida inteira, isso sim é possível, plausível, e construtivo. Mas não é paixão. Ainda bem!

Sei que muita gente acha que ainda não teve sua dose de paixão na vida. E como poderiam, sendo a paixão uma coisa tão viciante? Mas eu, por outro lado, começo a achar que tive. E que estou muito feliz por não me apaixonar mais pelas coisas, significa que evoluí. Que consigo quantificar (e qualificar) minha dedicação às coisas, que consigo ter controle sobre meu organismo, que consigo avaliar as coisas com lucidez mesmo em se tratando de assuntos apaixonantes. Consigo até, livre da dependência que a paixão causa, amar mais próximo do ideal - sem associar amor a dever, a poder, ou a necessidade.

Claro que a paixão é uma raposa velha e ainda vai me dar muitos sustos na vida (quando tiver meu primeiro filho pretendo reler esse texto e balançar minha cabeça lentamente), mas quando ela passar - e passará - eu estarei sempre satisfeito pela experiência e grato pela oportunidade. E só.

Moral da história: apaixone-se com moderação. :)